ÁGUA QUE CURA É ÁGUA PURA: HÁBITOS CULTURAIS E FATORES HÍDRICOS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE COLETIVA
Resumo
Este trabalho vinculado ao Projeto de Extensão em Cultura e Saúde Coletiva, visa conscientizar quanto ao manejo da água e implicações ao processo saúde-doença na comunidade quilombola e de várzea Muratubinha, localizada no município de Óbidos, pois hábitos relacionados ao manuseio hídrico estão diretamente ligados tanto à manutenção como ao prejuízo da saúde, pois, a água em condições inadequadas pode transmitir doenças a seus consumidores. As ações de que trata este resumo visaram desenvolver hábitos que ajudassem a readequação de práticas culturais que influenciam a saúde coletiva, promover melhores condições de saúde comunitária, e empoderamento da autoestima social. A comunidade de Muratubinha que recebeu as ações extensionistas situa-se à margem direita do rio amazonas, a três horas de barco da sede municipal. As águas mais próximas das casas são as utilizadas para produção alimentar e consumo humano e animal, com pouco ou nenhum tratamento. Na comunidade há importantes configurações na relação entre hábitos e a saúde coletiva, mas há poucas informações sobre isso, o que limita a compreensão do real estado de saúde de seus habitantes e em que grau ele está associado às práticas culturais no manuseio da água. Atenta-se também o fato de a água servir de vetor de transmissão de diversas doenças, principalmente diarreicas e parasitoses intestinais, acarretando malefícios à saúde social, especialmente em crianças. Logo, é urgente compreender os hábitos culturais dessa comunidade numa visão holística, pois é pela cultura que se promove formação de hábitos que podem influenciar a saúde coletiva
Palavras–chave: hábitos; Saúde Coletiva; cultura; água.