Institucionalização de saberes: o processo de sujeição do ato de matar no trabalho policial militar

Autores

  • Miguel Ângelo Sousa Corrêa
  • Fernanda Valli Nummer

DOI:

https://doi.org/10.30810/rcs.v1i2.476

Resumo

A pesquisa busca compreender a partir da visão do policial seus discursos sobre legalidade, sentimento do dever e risco, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com policiais com experiências em ocorrências com letalidade, comparando com os discursos de outros que não passaram por essa experiência. Os resultados demonstram como os discursos institucionais sobre a utilização da força policial corrobora para a distorções na compreensão da função policial e consequentemente o aumento da violência. Com base nos resultados obtidos nas entrevistas e sua correlação com a literatura de Foucault (2012) e Agamben (2010) vamos compreender que o policial da região metropolitana de Belém usa a força letal como meio de defesa, amparado no discurso jurídico da legítima defesa, mesmo que nos relatos não se apresente a devida necessidade, estando convicto de que esta é a melhor opção para se proteger e proteger a sociedade, pois a morte do ``ser matável'' apresenta uma função social que afasta a criminalização da conduta policial.

Palavras-chave: Força letal, Violência, Legítima defesa, Cumprimento do dever.

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Publicado

2018-03-01

Como Citar

Corrêa, M. Ângelo S., & Nummer, F. V. (2018). Institucionalização de saberes: o processo de sujeição do ato de matar no trabalho policial militar. REVISTA CIÊNCIAS DA SOCIEDADE, 1(2), 66–80. https://doi.org/10.30810/rcs.v1i2.476