ENSINANDO OS OLERICULTORES A IDENTIFICAREM A MURCHA BACTERIANA DAS SOLANÁCEAS
Abstract
A murcha bacteriana, causada por Ralstonia spp., tem ocorrido em alta frequência e severidade em
lavouras de tomateiro (Solanum lycopersicum), pimentão (Capsicum annum), pimenteira-de-cheiro (Capsicum
chinense) e berinjela (Solanum melongena), em hortas familiares comerciais dos municípios de Santarém, Belterra e
Mojuí dos Campos, na região oeste do Pará. Observa-se que os olericultores apresentam dificuldades em controlar
essa doença, levantando-se a hipótese de que vários fatores contribuem para isso, tais como a dificuldade dos
olericultores em identificar o agente causal. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi de levantar os motivos que
levam os olericultores a não obterem o controle e ensiná-los a identificar corretamente a murcha das solanáceas.
Foram entrevistados 10 olericultores dos municípios de Santarém e Belterra, região oeste do Pará, para aplicação de
questionários sobre a caracterização do sistema de produção, dados socioeducacionais, e acerca do conhecimento
sobre doenças de planta e a murcha. Os dados das entrevistas mostram que os olericultores desconhecem o agente
causal da doença, além de apresentarem um nível de escolaridade reduzida e pouco acesso às informações técnicas
por falta de assistências a atendimentos extensionistas. Concluiu-se que o desconhecimento do agente causal da
doença é o principal fator para que o olericultor não tenha sucesso no controle da murcha das solanáceas.
Palavras-chave: ensino-aprendizagem; murcha bacteriana; olericultores; Pará; solanáceas.