Currículo e diferenciação pedagógica - uma prática de exclusão?
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1154Resumo
Este artigo propõe a reflexão sobre o conceito de diferenciação pedagógica como uma estratégia curricular para a aprendizagem escolar de estudantes que exigem respostas educativas que atendam suas peculiaridades, destacamos aqui pessoas com deficiência intelectual e com autismo, que compõem nossa experiência profissional como professoras da educação básica em escolas públicas. O nosso intuito é trazer à tona a tensão que se estabelece entre a garantia de igualdade de direitos em contraponto aos procedimentos e recursos de ensino diferenciados. Algumas questões se apresentam nesse contexto: em que medida fazer ‘tudo igual ao mesmo tempo’ promove a aprendizagem de estudantes com diferenças significativas em seu desenvolvimento? E ao planejar ações diferenciadas estaremos reforçando a exclusão? Concebemos que diferenciação pedagógica pressupõe a promoção de equidade. E, para melhor pensar práticas curriculares, trazemos os princípios de Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) como uma possibilidade de planejamento favorável à promoção de ações pedagógicas diversificadas e equânimes para todos. A partir do diálogo entre reflexões teóricas e relatos de experiências, apresentamos práticas de diferenciação pedagógica em contextos de educação básica, como exemplos a fomentar o diálogo docente sobre inclusão, diversidade e acessibilidade ao currículo.
Palavras-chave: Práticas curriculares. Diferenciação pedagógica. Desenho Universal para a Aprendizagem.