Educação rural: ações pedagógicas e infâncias
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1265Resumo
A pesquisa versou sobre a educação rural, ações pedagógicas e infâncias, temática pertinente e pouco problematizada ao tratarmos da região Norte do país, especificamente, de Porto Velho-RO, local em que as redes de ensino de educação básica representadas por escolas estaduais e municipais possuem significativo número de estudantes pequeninos e jovens. Nesse sentido, falar de ações pedagógicas também significa melhor entender os processos pelos quais as redes de ensino responsáveis pelas escolas rurais se organizam: seja em termos de estrutura física, seja em concepções de ensino para exercer as atividades no interior das escolas rurais. A pesquisa trouxe como objetivos analisar as propostas de educação para crianças no meio rural destinadas à população carente e seus vínculos com processo de produção capitalista e pesquisar as normas que estabeleceram os modelos de escola para o meio rural. Para tanto, algumas indagações foram expostas: qual foi o lugar ocupado pela educação pública destinada às crianças moradoras do meio rural no município de Porto Velho? As políticas de organização das escolas de Porto Velho levaram em consideração os processos formativos e os contextos vivenciados por alunos e professores das escolas rurais? Quais as concepções de infâncias que circulam nas escolas rurais? Em termos metodológicos, acessamos documentos diversos no Palácio Getúlio Vargas, no Conselho Estadual de Educação e no interior de algumas escolas situadas em áreas rurais em Porto Velho. Por fim, utilizamos o software Maxqda na etapa de categorização dos dados.
Downloads
Referências
ARIÈS, P. História social da criança e da família. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
ARÓSTEGUI, J. A pesquisa histórica: teoria e método. Bauru: Edusc, 2006.
BARROS, J. A.; MORENO AFONSO, J. A. M. Instrução pública primária em Minas Gerais: do ensino rural ao distrital em fins do século XIX e início do XX (1899-1911). In: VECHIA, A.; FERREIRA, A. G. (org.). A crianças e a escolarização: igualdade no espaço latino-americano nos séculos XIX e XX. Curitiba: UTP, 2016.
BARROS, J. A. Organização do ensino rural em Minas Gerais, suas muitas faces em fins do XIX e início do XX (1899 – 1911). 349 f. (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, 2013.
BARROS, J. A. Escolas públicas primárias rurais em Minas Gerais: condições materiais e materiais pedagógicos em fins do século XIX e início do XX. In: LIMA, S. C. F. de; MUSIAL, G. B. da S. (org.). Histórias e memórias da escolarização das populações rurais: sujeitos, instituições, práticas, fontes e conflitos. São Paulo: Pacto, 2016.
BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BOF, A. M. (org.). A educação no Brasil rural. Brasília: Inep, 2006.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto, 1994.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 5 ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Resolução nº 1, de 03 de abril de 2002 - Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, Brasília, 2002.
BURKE, P. Testemunha ocular. São Paulo: Edusc, 2004.
CARVALHO, M. C. A. de; DAMASCENO, E. A.; MOURA, M. do S. L. Navegando em águas turvas no campo da política e da formação de professores. Revista Exitus, [s.l.], v. 9, n. 3, p. 169-196, 1 jul. 2019. Universidade Federal do Oeste do Para. http://dx.doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n3id940. Acesso em: 08 de dezembro de 2019.
CALAZANS, M. J. C. Para compreender a educação do Estado no meio rural. In. THERRIEN, J.; DAMASCENO, M. N. (coord.). Educação e escola no campo. Campinas: Papirus, 1993. p. 15-40.
DUBY, G. A história continua. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
FALEIROS, V. de P. O que é política social. São Paulo: Brasiliense, 2006.
GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Artemed, 2009.
GINZBURG, C. Mitos, emblemas e sinais. 2 ed. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação. Campinas, nº 1, p. 9-43, jan./jun.,2001.
LAUWE, M-J. C. Um outro mundo: a infância. São Paulo: EDUSP, 1991.
LE GOFF, J. História e memória. 5ed. Campinas: UNICAMP, 2003.
LINHARES, M. Y. História Agrária. In: FLAMARION, C. C.; VAINFAS, R. (org.). Domínios da história. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p. 165-184.
MACHADO, M. N. da M. Entrevista de pesquisa: a interação pesquisador/entrevistado. Belo Horizonte: C / Arte, 2002.
MATIAS, J. C.; BARROS, J. A. As políticas sociais nos planos de governo dos presidenciáveis 2018 no Brasil e a mídia. Revista de Políticas Públicas, [s.l.], v. 23, n. 1, p.339-355, 25 jul. 2019. Universidade Federal do Maranhao. http://dx.doi.org/10.18764/2178-2865.v23n1p339-355. Acesso em: 08 de novembro de 2019.
MATIAS, J. C.; NUNES, M. J. de O.; SILVA, A. L. da; BARROS, J. A. Perspectivas metodológicas e os bordados na pesquisa qualitativa em educação. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. 6, n. 13, p.128-145, 30 mar. 2019. Educa - Revista Multidisciplinar em Educação. http://dx.doi.org/10.26568/2359-2087.2019.3721. Acesso em: 10 de dezembro de 2019.
MAXQDA. Software de análise de dados qualiquantitativos. Disponível em: http://www.software.com.br/p/maxqda?gclid=CjwKCAjwyOreBRAYEiwAR2mSkunUy1l11ADEtbNj1dxIESgbC_WvWwe88eDS-5-Zh5ZVQwP1Jey31BoCmtoQAvD_BwE. Acesso em: 01 agosto de 2019.
MOREIRA, C. O. F. Anísio Teixeira e a ideia de progresso. In. FRANCO, C.; KRAMER, S. (orgs.). Pesquisa e educação: história, escola e formação de professores. Rio de Janeiro: Ravil, 1997. p. 26-37.
MOURA, E. B. B. de. Por que as crianças? In: CARVALHO, C. H. et al. A infância na modernidade: entre a educação e o trabalho. Uberlândia: EDUFU, 2007.
NASCIMENTO, M. B. de M.; MARQUES, T. G.; TRINDADE, D. R. da. Jovens do campo no ensino superior. Revista Exitus, [s.l.], v. 10, p. 1-30, 2 abr. 2020. Universidade Federal do Oeste do Para. http://dx.doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0id1259. Acesso em: 10 de abril de 2020.
OLARITEA, B. F. O que torna “infantil” uma pesquisa? In: PEREIRA; R. M. R.; SANTOS, N. de O.; LOPES, A. E. R. de C. (org.). Infância, juventude e educação: práticas e pesquisa em diálogo. Rio de Janeiro: NAU, 2015.
PINTO, S. A infância com construção social. In: PINTO, M.; SARMENTO, M. J. As crianças: contextos e identidades. Braga: UMinho, 1997.
RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2007.
RONDÔNIA. Lei n 3.346, de 4 de julho de 2016. Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica no Âmbito da Secretaria de Estado da Educação e dá outras providências. Assembleia Legislativa de Rondônia, 2016.
SAVIANI, D. Breves considerações sobre fontes para a história da educação. In: LOMBARDI, J. C.; NASCIMENTO, M. I. M. (org.). Fontes, história e historiografia da educação. Campinas: Autores Associados, 2004.
SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
Colaboradora 1. Porto Velho, 20 de setembro 2018. Entrevista concedida aos autores.
Colaboradora 2. Porto Velho, 20 de setembro 2018. Entrevista concedida aos autores.
Colaborador 3. Porto Velho, 11 de março 2019. Entrevista concedida aos autores.
Colaborador 4. Porto Velho, 11 de março 2019. Entrevista concedida aos autores.
Downloads
Publicado
Versões
- 2020-07-27 (6)
- 2020-07-27 (5)
- 2020-07-25 (4)
- 2020-07-24 (3)
- 2020-07-22 (2)
- 2020-07-22 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Exitus ISSN 2237-9460
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Declaro que o trabalho apresentado é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Assim, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora da Revista Exitus, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem ser citada a fonte. Declaro, ainda, estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (Nº 9.610, de 19/02/1998).