Como nos tornamos mulheres? A escola como lugar de produção da diferença
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n1ID1418Palavras-chave:
Educação, Professoras, saberesResumo
Como nos tornamos mulheres? Esta é uma questão que movimenta essa pesquisa, que caminha por meio de narrativas de professoras na busca da compreensão de como são produzidos saberes acerca das mulheres na Educação. Com o objetivo analisar as instâncias e caminhos por meio dos quais se construiu, na instituição escolar, produções discursivas e saberes acerca da mulher na escola contemporânea, não buscamos uma identidade mulher, mas sim, percorrer os discursos e saberes produzidos a seu respeito. Neste recorte apresentamos narrativas de si, numa perspectiva foucaultiana, de professoras do interior sergipano. A análise das narrativas teve inspiração genealógica com base em Nietzsche e Foucault, e foi intercambiada com argumentos de Deleuze e Guattari, somada à autoras feministas, como Rios, Saffioti, Tiburi, Rago e Louro. Em suas falas desvelam-se as produções de subjetividades por meio da escola, e os enquadramentos que saberes e produções discursivas incidem nos corpos de meninas e meninas nestas salas de aula.
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