RELAÇÃO SAÚDE-DOENÇA A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA DAS CRIANÇAS
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2021v11n1ID1560Palavras-chave:
Saúde-doença, Experiência de vida, CriançasResumo
Discussões sobre educação em saúde são urgentes e devem abranger tanto escolas quanto espaços não-escolares, a fim de que as crianças possam ter reflexões essenciais acerca de assuntos que influenciam na sua vida e, consequentemente, na sua saúde. Buscou-se compreender como a temática saúde-doença se relaciona às experiências de vida das crianças do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual da cidade de Barreirinha, Amazonas. A pesquisa foi desenvolvida com abordagem e análise de dados de cunho fenomenológico-hermenêutico. A investigação contou com 16 crianças de ambos os sexos, com idade entre dez e onze anos, de uma turma 5º ano do Ensino Fundamental. Os resultados apontam que as crianças têm conhecimentos da temática saúde-doença e apresentam uma pluralidade de experiências cotidianas de adoecimento (experiências de adoecimento, relacionamento interpessoal, lazer, hábitos de higiene e alimentar) que podem afetar suas vidas e seus desempenhos escolares. Em relação às questões alimentares, contudo, há uma dissociação, em parte, entre o saber adquirido nas aprendizagens escolares e as atitudes de escolhas alimentares, dentre as possíveis por elas. Esta dissociação indica a necessidade de buscar meios que não só contribuam para a aquisição de conhecimentos teóricos, mas que possibilitem aos alunos fazerem articulação no seu cotidiano, principalmente nas escolhas alimentares, sobretudo daqueles menos prejudiciais à saúde. Esse trabalho destaca a necessidade de discussões sobre o tema saúde-doença nos espaços escolares e não-escolares, de maneira a proporcionar aos alunos o acesso aos conhecimentos sobre a relação saúde-doença fundamentais para as suas vidas.
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