MOTIVAÇÃO PARA A DOCÊNCIA E PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: sentidos de professores
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2021v11n1ID1723Palavras-chave:
Prática pedagógica., Ensino Fundamental., Sentidos.Resumo
Este artigo objetiva apresentar resultados da pesquisa sobre prática pedagógica, mais especificamente, sobre os motivos que os levaram a tornarem-se professores bem como os sentidos que atribuem aos elementos que compõem à sua prática, nos anos finais do ensino fundamental. A Fenomenologia de Alfred Schutz (2012) é a base teórico-metodológica que sustenta e ampara este trabalho. Para a produção e análise dos dados utilizou-se da entrevista semiestruturada e da Análise de Conteúdo. Sobre a motivação para a docência, tem-se os seguintes resultados: memórias da infância, projeções quanto à possibilidade de exercício futuro da profissão e o gosto por ensinar desenvolvido por meio da prática de ensinar. Acerca dos elementos que compõem a prática pedagógica, os professores conceituam educação, escola, currículo e prática pedagógica numa perspectiva relacional. Os sentidos atribuídos à educação transcendem o universo escolar, é compreendida como ação social e constitui-se um processo que envolve toda a vida, com isso anunciam, que entendem a escola como um espaço-tempo de interação social e cultural, motivado pelo enredamento da prática pedagógica. A perspectiva de currículo nos discursos revela desde uma compreensão tradicional à visão crítica. Entende-se que na perspectiva da fenomenologia sociológica, tais sentidos atravessam a prática realizada pelos professores, nessa escola. Outro aspecto importante, os resultados obtidos na pesquisa permitem perspectivar a prática pedagógica com base na experiência intersubjetiva.
Downloads
Referências
AMADO, João, (org.). Manual de investigação qualitativa em educação. 3.ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017.
APPLE, Michael. Ideologia e currículo. 3ª. ed. Porto Alegre: Artmed, [1979] 2006.
BRASIL. EDU Fundação Lemann. Censo. Taxas de Rendimento (2018): Reprovação ou Abandono. QEdu, 2018. Disponível em: https://www.qedu.org.br/brasil/taxas-rendimento. Acesso em 07/11/2020.
CÉZAR, I. R. F.; CRUSOÉ, N. M. de C.. A abordagem fenomenológica shutziana e sua aplicação na compreensão da prática pedagógica dos anos finais do ensino fundamental. Práxis Educacional, [S.I.], v. 17, n. 48, p. 1-19, 2021. DOI: 10.22481/praxisedu.v17i48.9238. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9238. Acesso em: 17 de set. de 2021.
CRUSOÉ, Nilma Margarida de Castro Crusoé; SANTOS, Edmilson Menezes. Fenomenologia sociológica de Alfred Schutz: contribuições para a investigação qualitativa em prática educativa. Rev. Tempos Espaços Educ. v.13, n. 32, e-13274, jan./dez, 2020.
CRUSOÉ. Nilma Margarida de Castro. Prática pedagógica interdisciplinar na escola: sentidos atribuídos pelas professoras. 1. Ed Curitiba, PR: CRV, 2014.
FREIRE, PAULO. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.
INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. MEC. Sinopse Estatística da Educação Básica 2017. [online]. Brasília: Inep, 2019. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatísticas-da-educação-basica. Acesso em 07/11/2020.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática e práticas de ensino e a abordagem da diversidade sociocultural na escola. XVII Endipe. Fortaleza, 2014.
LOPES, Alice Casimiro. MACEDO, Elizabeth Macedo. Teorias de Currículo. Apoio Faperj. São Paulo: Cortez, 2011.
MINAYO, M.C. de S. O desafio do conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. (12ª edição). São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3ª. Ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000.
SHULTZ, A. Sobre a fenomenologia e relações sociais. Edição e organização: Helmut T. R. Wagner. Tradução: Raquel Weiss. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
UNICEF. Trajetórias do sucesso escolar. 2933307 – Vitória da Conquista: Redes de Ensino 2018. Disponível em: https://trajetoriaescolar.org.br/painel/municipio/2933307/2018/ . Acesso em Março de 2020.
VOGEL, Acedriana Vicente. Bananeira não dá pêra: e outras crônicas sobre educação. Curitiba, Editora Piá: 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Isamary Roberta Ferreira Cézar, Nilma Margarida de Castro Crusoé
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Declaro que o trabalho apresentado é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Assim, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora da Revista Exitus, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem ser citada a fonte. Declaro, ainda, estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (Nº 9.610, de 19/02/1998).