DA EUFORIA À DISFORIA: reflexões sobre os territórios etnoeducacionais como modelo de organização escolar indígena
DOI:
https://doi.org/10.24065/re.v14i1.2674Palavras-chave:
Escola indígena, Política educacional, Território etnoeducacionalResumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre os avanços e entraves em relação à implementação dos Territórios Etnoeducacionais enquanto política de organização da educação escolar indígena segundo uma escolarização específica, diferenciada, intercultural e bilíngue/multilíngue. Enquanto processo metodológico para construção deste artigo, trata-se de uma abordagem qualitativa, sendo realizada uma análise do Decreto Presidencial No 6.861/2009 e da Portaria No 1.062/2013 que tratam sobre a promoção das escolas indígenas a partir dos Territórios Etnoeducacionais. Chega-se às conclusões que apontam para os Territórios Etnoeducacionais como uma política inovadora, considerando que propõe a organização das escolas a partir das territorialidades indígenas. Mas, também, alerta-se para o risco dessa política se tornar um entrave para o avanço da política da educação escolar indígena que atenda a realidade e necessidade dos povos indígenas aldeados.
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