A EDUCAÇÃO SUPERIOR EM PEÇAS PUBLICITÁRIAS: qual o limite da precariedade?
Palavras-chave:
Educação superior, Publicidade, Disfuncionalidade, MercantilizaçãoResumo
O artigo problematiza o modo como a educação superior brasileira é retratada nas campanhas publicitárias das Instituições de Ensino Superior, considerando a lógica mercantil que atualmente domina esse nível de ensino. Analisam-se peças publicitárias e apresentações de websites, verificando os valores e estratégias argumentativas que as sustentam. Foram analisadas campanhas publicitárias do início dos anos 2000 e outras mais recentes. Os resultados permitem identificar que o ensino superior é tratado como mercadoria e os estudantes clientes; a oposição público/privado é insuficiente para explicar os diferentes perfis formativos; há contradições estruturais no sistema, evidenciando o projeto disfuncional de universidade implantado no país, voltado ao grande capital. Observa-se ainda a consolidação do EAD como modelo dominante e precarizado, com alta razão aluno/professor e baixa qualificação docente. Questiona-se, assim, o limite de um modelo centrado na certificação, que transforma o diploma em produto e reforça desigualdades historicamente constituídas.
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