Educação ambiental e paisagismo: um olhar dos gestores da Educação Infantil no município de Santarém – PA
Resumo
Com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar a expressão “Educação Ambiental” (EA) para considerar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamental e não governamentais. Nessa perspectiva, a gestão escolar passa a constitui uma dimensão importantíssima da educação, uma vez que, por meio dela, observa-se a escola e os problemas educacionais, numa abordagem de ação, com ênfase à atuação e promoção da organização, da mobilização e articulação das condições humanas e materiais, sendo que o objetivo final da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos. Do mesmo modo, a implantação de áreas verdes nos estabelecimentos de ensino pode contribuir com a educação, oferecendo um ambiente mais agradável e saudável, além de aumentar a satisfação, a diminuição do estresse e proporcionando melhor qualidade de vida aos alunos, professores, gestores, enfim, de todos que vivenciam o ambiente escolar. Assim esse trabalho objetiva verificar o papel da gestão educacional no desenvolvimento da educação ambiental e paisagismo no centro de educação infantil Paulo Freire, em Santarém- Pará. Realizou-se uma pesquisa de campo e bibliográfica, em que foi utilizada uma abordagem qualitativa no contexto da educação ambiental, cujos dados coletados se deram através de uma entrevista semiestruturada que expressam a compreensão das relações entre gestores, seus contextos e suas ações. A pesquisa permitiu-nos perceber que a concepção dos gestores em relação à EA, está posicionada no campo da preocupação com a preservação do meio ambiente (concepção tradicional). Tal posicionamento envolve o caráter do gestor, comprometimento social e também com os anseios que considera nortear a sociedade. Não é, portanto, proporcional ao seu envolvimento em projetos e ações efetivas que possam favorecer e possibilitar essa inserção, seja no currículo, no funcionamento educacional e na formação inicial e continuada de professores. Portanto, pretende-se sugerir que os espaços verdes, como jardins e hortas existentes na instituição, devem ser vistos como espaços privilegiados de cunho pedagógico, cujo intuito seja propiciar às crianças vivencias praticas sobre EA, possibilitando momentos de aprendizado de forma lúdica, através de seus espaços verdes que se ampliam dos espaços de sala de aula, levando as crianças a aprenderem a respeitar a natureza, tornando as atividades em maneiras prazerosas ao plantar, cuidar, aprender, pois é através de pequenas atitudes que podemos promover transformações significativas para nossas vidas. Finalmente, podemos dizer que o papel do gestor é acima de tudo, promover um ambiente adequado, aglutinando de forma democrática o fazer pedagógico, onde todos os agentes envolvidos no processo ensino aprendizado sejam promotores ativos na concretização de uma educação ambiental que assegure a formação de sujeitos conscientes do seu papel no mundo.
Palavras-chave: Educação Infantil. Educação Ambiental. Gestão Escolar.