De jornada nas estrelas a Sophia: ensaio fenomenológico sobre a destituição do humano e suas imbricações educacionais
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n1ID725Resumo
Trata-se de artigo que, instigado pela apresentação ao mundo da Inteligência Artificial Sophia, desvela reflexões sobre significados existenciais e educacionais de sua criação. Para isto evidencia o protagonismo humano em recortes da história que simbolizam um antropocentrismo imerso nos interesses e na cultura ocidental. Para além de análises filosóficas e/ou históricas aprofundadas, sua intenção é a apresentação a partir de fragmentos sócio-histórico-vivenciais a perspectiva da centralidade do humano nos interesses filosóficos, mitológicos, artistísticos e outros. Num segundo momento, evidencia o que denomina como processo gradual de destituição humana como centro dos processos, dividindo suas reflexões em dois aspectos: O primeiro deles o existencial; Alimentado pela questão: Estaríamos em processo de autodestituição como raça/espécie dominante do planeta? E o segundo, em termos educacionais, a partir da indagação: Qual o futuro da educação sem o humano como centro do processo? Em termos metodológicos, evidencia análises a partir da perspectiva fenomenológica existencial, compreensão teórica de matiz humanista que valoriza o papel da percepção como meio para o entendimento da realidade. A guisa de conclusão evidencia que o intento deste trabalho foi a apresentação de panoramas históricos e críticas ao uso da tecnologia (simbolizada pela IA)quando utilizadas dentro de perspectivas não humanistas, fato que poderia criar outras perspectivas de exclusão para além daquelas conhecidas na atualidade.
Palavras-chave: Antropocentrismo. Destituição do humano. Fenomenologia.