Pedagogias africanas: da existência pós-abissal em tempos de utopias e [re]existência
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n1ID803Palavras-chave:
Pedagogias africanas, Colonialidade do Ser, Pensamento pós-abissalResumo
Uma das pedagogias que criam corpos vitoriosos e insubmissos é a pedagogia africana que, com suas narrativas, convida para o processo de conscientização do Ser e oferece meios para que a luta aconteça nos territórios epistemológicos marginalizados e invisibilizados. É, pois, a pedagogia africana que coroa os corpos insubmissos e resistentes. Ela possibilita uma outra relação além da colonial que se localiza em apenas dois polos: dominador e dominado. Assim, esta pesquisa apresenta a seguinte questão: “De que maneira a Pedagogia Africana contribui para o enfrentamento da Colonialidade do Ser e para a ressignificação dos corpos silenciados historicamente?”. Como objetivo geral, a pesquisa tem: compreender de que maneira a Pedagogia Africana contribui para o enfrentamento da Colonialidade do Ser e para a ressignificação dos corpos silenciados historicamente. O método de pesquisa utilizado foi a afrocentricidade.
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