O PARFOR na Amazônia paraense: reflexões sobre a formação inicial de professores em exercício
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1133Resumo
Este artigo discute a formação inicial de professores no Brasil ao tomar como ponto de partida as influências dos organismos internacionais, como o FMI, o BM e a OCDE, na definição das políticas educacionais brasileiras até o atual Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) no Brasil e, particularmente, seu reflexo no Estado do Pará. A metodologia consistiu em um estudo bibliográfico de obras sobre a interface entre o capital e a formação de professores baseado em Ferreira (2011), Maués (2011), Mészáros (2005), Gatti, Sá e André (2011) e Freitas (2003, 2007), além de documentos oficiais da política educacional do estado do Pará encontrados no Plano Decenal de Formação docente do Estado do Pará (2009; 2011) e no relatório de avaliação do PARFOR (2013). Concluímos que os organismos internacionais desde a década de 1970 influenciam nas políticas de formação de professores no Brasil, quer seja por meio de financiamento ou por recomendações, e neste quadro encontra-se a gênese do PARFOR de forma consensual e consentida pelo governo federal, estadual e local. Por fim, este estudo revela a urgência na tomada de decisão em relação às instituições e aos profissionais envolvidos no PARFOR, no sentido de qualificar o processo formativo a partir das necessidades, particularidades e territorialidades onde o plano é implementado, em efetiva partilha de responsabilidades entre os entes federados, com um regime global de colaboração e cooperação que perpassa por profundas mudanças na política de formação de professores no Brasil e na Amazônia.
Palavras-chave: Organismos Internacionais. Formação de Professores. PARFOR.