O corpo como corpus: lugares do ensino de literatura para estudantes surdos

Autores

  • Danielle Cristina Mendes Pereira Ramos

DOI:

https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1151

Resumo

Este trabalho propõe-se a pensar as relações entre letramentos literários de estudantes surdos e os discursos e práticas de identidades e de poder, que tangenciam concepções sobre conhecimento, texto e literatura, presentes nos currículos universitários e nas comunidades surdas. Aponta para a reflexão sobre a literatura como um caminho de resistência, em uma sociedade excludente em relação às minorias culturais e linguísticas, diante dos discursos oficiais e contraditórios sobre inclusão, amparados pelo neoliberalismo. O trabalho tem como arcabouço teórico os estudos de Bhabha (1993) sobre o conceito de diferença cultural; os de Canclini (2006), sobre Hibridismo; e os Novos Estudos de Letramentos, sobretudo os de Street (2014), referentes às concepções plurais de letramentos e suas conexões com contextos de poder. Pretendemos demonstrar a premência de reconhecer as especificidades socioculturais dos grupos surdos nos processos de educação formal, assim como as pertinentes às manifestações literárias em Libras - Língua Brasileira de Sinais - que possuem como corpus privilegiado o próprio corpo em movimento, expressas através de uma língua tridimensional, visual e espacial, em estratégias de performance.

 

Palavras-chave: Inclusão. Surdos. Letramentos.

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Publicado

2020-01-01

Como Citar

RAMOS, D. C. M. P. O corpo como corpus: lugares do ensino de literatura para estudantes surdos. Revista Exitus, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e020007, 2020. DOI: 10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1151. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/1151. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

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