A formação e a prática de oficineiros em escolas com jornada ampliada
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1250Resumo
O artigo trata de alguns aspectos relevantes para uma compreensão da política de educação integral, naquilo que se refere à formação de professores. Trazemos para o debate questões acerca da formação e da prática de oficineiros nas escolas com jornada ampliada valendo-nos de uma pesquisa realizada sobre um programa de educação integral, em âmbito municipal, desenvolvido no estado de São Paulo. Participaram da pesquisa oitenta e seis oficineiros atuantes no programa (N=86). O procedimento de coleta de dados foi o registro narrativo, seguido pelo tratamento e análise a partir da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), produzido com o apoio do software Qualiquantisoft. Os resultados demonstraram que a formação docente aparece de maneira tímida e superficial na produção de textos das políticas para educação integral, o que pode apontar para “velhos” problemas que se evidenciam no campo da formação de professores, por exemplo, o desenvolvimento de estratégias de formação continuada para remediar os vazios derivados da insuficiência dos cursos de formação inicial ou mesmo como um paliativo para atender às novas demandas da escola quanto à preparação dos profissionais, nem sempre professores com formação prévia, que assumem as atividades didático-pedagógicas no contraturno nas escolas com jornada ampliada.
Palavras-chave: Formação de professores. Educação em tempo integral. Oficineiros.