À SOMBRA DAS MANGUEIRAS: andarilhagem das ideias freireanas e a formação docente no interior do Acre
DOI:
https://doi.org/10.24065/re.v15i1.2693Palavras-chave:
Paulo Freire, Diálogo, EnsinoResumo
Este artigo relata as vivências do Estágio Supervisionado III (Educação de Jovens e Adultos em processo de alfabetização), com acadêmicos do Parfor, curso de Pedagogia da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta. A experiência se realizou embaixo de mangueiras, na comunidade Foz do Arara, às margens do rio Amônia, município de Marechal Thaumaturgo/AC. A tradicional sala de aula deu lugar à possibilidade de inovar práticas, ressignificando o espaço de ensinagem com os futuros pedagogos. O método de realização da ação foi o etnográfico, com viés qualitativo. O campo da pesquisa emoldurou-se pelo verde da floresta e pelo movimento de idas e vindas dos barcos que deslizam sobre as águas barrentas do rio. O referencial de análise sustenta-se em Freire (2003; 2023) que considera o diálogo como um método dinâmico no processo de construção de conhecimento, encorajando os acadêmicos a exercitarem a curiosidade, refazendo-se, para construir possibilidades educativas nas comunidades isoladas do interior do Acre. A experiência viabilizou a produção de recursos didáticos que podem ser usados no cotidiano da prática docente desses(as) professores(as) nas comunidades ribeirinhas onde atuam. Além disso, houve a viabilidade de recriar e refazer a docência enquanto exercício constante de aprendizagem, problematizado a metodologia tradicional (dedutiva), ao tempo que se refletia sobre a metodologia dialética (indutiva) com base em Paulo Freire, testando habilidades, produzindo conhecimento, prezando pelas construções coletivas e o saber dos estudantes.
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