Afrocentricidade e interculturalidade crítica na educação: reinventar a escola a partir da diferença

Autores

  • Jonathas Vilas Boas de Sant’Ana
  • João Henrique Suanno
  • Raimundo Márcio Mota de Castro

DOI:

https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n1ID729

Resumo

As diferenças culturais existentes na sociedade brasileira pressionam e penetram como nunca antes a educação escolar. Todavia, a escola permanece assentada no paradigma científico newtoniano-cartesiano, erigido na modernidade ocidental como parte constitutiva da estrutura de dominação montada desde 1500, a colonialidade do poder. Como via de rompimento com esta realidade é necessário fortalecer a interculturalidade desde epistemologias subalternizadas que ajudem a proceder uma descolonização epistemológica. Neste sentido, o objetivo deste artigo é apontar a potencialidade do paradigma da afrocentricidade para a construção de uma educação intercultural crítica que leve à reinvenção da educação escolar. Interculturalizar a educação implica em reinventar a escola em suas diversas dimensões, incorporando a diferença como constitutiva e não como aditiva. Consiste na abertura epistemológica da educação para a diferença. A partir daí propõe-se que o paradigma da afrocentricidade, enquanto epistemologia subalternizada permite repensar a educação escolar em diversos sentidos. Considerar referenciais de pensamento africano na educação é um processo de abertura intercultural, de descolonização epistemológica, de contrariedade à colonialidade do poder. Ao mesmo tempo é a proposição de outras formas de relação com as diferenças culturais.

 

Palavras-chave: Educação escolar. Diferenças culturais. Afrocentricidade.

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Publicado

2019-01-01

Como Citar

SANT’ANA, J. V. B. de; SUANNO, J. H.; CASTRO, R. M. M. de. Afrocentricidade e interculturalidade crítica na educação: reinventar a escola a partir da diferença. Revista Exitus, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 426–454, 2019. DOI: 10.24065/2237-9460.2019v9n1ID729. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/729. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos