Apresentando o artesanato como tema social para ensinar ciências/química por uma perspectiva freireana
DOI:
https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID1141Resumo
O presente artigo é parte integrante da dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Sergipe (PPGECIMA/UFS). A pesquisa ocorreu em uma escola pública urbano-rural alagoana, cuja abordagem metodológica envolveu um Caso (SÁ; QUEIROZ, 2010) escrito para refletir sobre a escassez da Taboa (Typha domingensis), planta herbácea e perene, encontrada nos alagadiços próximos da cidade de Penedo. O objetivo foi estudar as possibilidades e limitações da inserção do artesanato, como tema social, para promover o ensino/aprendizagem de ciências/química, além de verificar a capacidade de tomada de decisão dos estudantes frente a um problema de relevância para a comunidade. Um questionário foi aplicado para levantar as impressões que os estudantes traziam sobre o artesanato, seguido da apresentação do Caso (CS) e de perguntas sobre as implicações sociais, econômicas e ambientais relacionadas com o desaparecimento do vegetal no ecossistema da região. Nossa análise, baseada em Bardin (1977), permitiu constatar que o ensino tradicional, mecanicista, racionalista, com memorização de fórmulas e conteúdos (DA SILVA, 2016) dificulta que os aprendizes exercitem a oralidade e construam textos mais consistentes, abrangentes e reflexivos. Nesse sentido, o estudo apresenta-se como alternativa para professores e estudantes, seja para romper com a educação bancária (FREIRE, 1997) e/ou exercitar a cidadania (DEMO, 1995, 2007), utilizando-se da contextualização (WARTHA et al., 2013) e da abordagem CTS (SILVA; DE CARVALHO, 2016) para sustentar os aspectos principais do CS.
Palavras-chave: Ensino de Ciências. Artesanato. Caso.