PROTAGONISMO DAS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS AMAZÔNICAS NO ENSINO DE ARTES NA/PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA: quando o seu ouvir, ver e fazer (in)surge
DOI:
https://doi.org/10.24065/re.v13i1.2336Palavras-chave:
Currículo de artes. Educação Básica. Preservação da Cultura.Resumo
O objetivo deste estudo foi refletir sobre o protagonismo das expressões artísticas amazônicas no ensino de artes na/para a educação básica da região Norte do Brasil. Para isso, realizamos levantamento de pesquisas brasileiras cuja amostra final contemplou 16 estudos. No intuito de ampliar o sentido do termo “expressões regionais”, disposto na legislação, buscamos além do próprio termo, por “expressões artísticas”, “expressões locais”, “expressões culturais”, “expressões populares”, “manifestações populares”, “saberes populares” e “saberes tradicionais” juntamente com os descritores “ensino de artes” e “Amazônia”, estes dois últimos permanecendo fixos a cada nova busca. As bases de dados foram a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Google Scholar e SciELO (Scientific Electronic Library Online). Da análise emergiram três categorias: formação docente e/ou dos estudantes, inserção no currículo e preservação cultural. No (in)surgir, as expressões artísticas regionais amazônicas demonstraram diferentes alcances no ensino de artes, como juventude e inclusão, educação quilombola, trabalho, arte a partir de saberes musicais locais, infância e teatro, currículo de artes na escola indígena, tecnologias digitais e formação e prática docente na escola ribeirinha.
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