A ATUAÇÃO DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS NA CULTURA DE AVALIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.24065/re.v14i1.2430Palavras-chave:
Cultura da Avaliação, Avaliações Externas, GerencialismoResumo
Este trabalho tem como objetivo dialogar a respeito da atuação da rede estadual de educação do estado de Alagoas a partir do discurso sobre a cultura de avaliação, em que as escolas devem seguir os preceitos neoliberais, os princípios e as estratégias gerenciais para alcançar um serviço eficiente, eficaz e de qualidade. Nesse contexto, a educação pública sofreu reformas no intuito de se ajustar aos ditames mercadológicos e da qualidade educacional aferida, unicamente, pelo viés quantitativo, por meio das avaliações externas introduzidas na educação básica na década de 1990. A metodologia do trabalho esteve pautada na abordagem qualitativa de caráter exploratório, utilizando-se do estudo de caso, como técnica de pesquisa, com o objetivo de apresentar a perspectiva da 2ª Gerência Regional de Educação a respeito da temática. Os principais resultados apontaram que o modelo gerencial está enraizado na rede estadual e que os princípios da eficiência, da eficácia e da produtividade vêm sendo vivenciados com engajamento pelos líderes educacionais, em detrimento do atendimento da função social da escola que valorize a emancipação humana. Sendo assim, atribui- se à cultura da avaliação como impulsionadora da qualidade educacional dos tempos atuais.
Downloads
Referências
ALAGOAS. Secretaria de Estado de Educação. Gerências Regionais de Alagoas – GERES. Alagoas em Dados e Informações, 2019. Disponível em: https://dados.al.gov.br/catalogo/es/dataset/gerencias-regionais-de alagoas/resource/c3f1eaaf- 9468-4a45-b996-617867d9071a. Acesso em: 20 maio 2022.
BALL, S. J. Performatividades e fabricações na economia educacional: rumo a uma sociedade performativa. Educação e Realidade. p. 37-55. maio/agosto. 2010.
BERTAGNA, R. H. Mapeamento dos Sistemas Estaduais de Avaliação da Educação (2005- 2015). In: GARCIA, T.; ADRIÃO, T. (Org.). Currículo, gestão e oferta da educação básica brasileira: incidências de atores privados nos sistemas estaduais (2005-2015). Curitiba: CRV, 2018.
CABRAL NETO, A.; CASTRO, A. M. D. A. Gestão escolar em instituições de ensino médio: entre a gestão democrática e a gerencial. Educ. Soc., Campinas, v. 32, n. 116, p.745-770, jul.- set.2011.
CHIRINÉA, A.M. Escola Pública Municipal e Utilização do Ideb: As “Traduções” No Contexto da Prática. 2016. 182 f. Tese (Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) Marília – SP, 2016. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalh oConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3609412. Acesso em: 4 abr. 2021
CHIRINÉA, A. M.; BRANDÃO, C. F. O IDEB como política de regulação do Estado e legitimação da qualidade: em busca de significados. Ensaio: Avaliação de Políticas Públicas Educacionais, v. 23, n. 87, p. 461-484, abr./jun. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ensaio/v23n87/0104-4036-ensaio-23-87-461.pdf. Acesso em: 4 set. 2021
DIAS, M. F. X. Qualidade na Educação. Revista Vértices, Rio de Janeiro/RJ, ano 3, n. 1, mar. 2000.
DRABACH, N.P. Gestão Gerencial: A Ressignificação dos Princípios da Gestão Democrática. Simpósio Brasileiro de Política e Administração da Educação – Anpae,Anais.2011.https://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunic acoesRelatos/0413.pdf
FREITAS, L. C. Três teses sobre as reformas empresariais da educação: perdendo ingenuidade. Cad. CEDES, vol. 36 n. 99, Campinas, 2016.
HONÓRIO, D. T. S.; DA SILVA, E. F.; DE MELO, F. K. S. M.; ALVES, M. F.; DA SILVA,G. As contradições das políticas educacionais e as suas interferências na gestão escolar: The contradictions of educational policies and their interferences in school management. STUDIES IN EDUCATION SCIENCES, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 540–559, 2022. DOI: 10.54019/sesv3n2-005. Disponível em: https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/ses/article/view/428. Acesso em: 23 ago. 2022.
HYPÓLITO, Á. M. Estado gerencial, reestruturação educativa e gestão da educação. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, [S. l.], v. 24, n. 1, 2008. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/rbpae/article/view/19239. Acesso em: 15 jun. 2021.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA (INEP). Histórico, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de- atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb/historico Acesso em: 28 jul. 2022.
LAURENTINO, V. M. S. O olhar do gestor escolar sobre o índice de desenvolvimento da educação básica. 2013. 131 f. Dissertação. Programa de Pós-Graduação PPGE/UFAL, Maceió – AL.
LESSARD, C.; BRASSARD, A.; LUSIGNAN, J. Les tendances des politiques éducatives en matière de structures et de régulation, d‟imputabilité et de reddition de comptes: les cas du Canada (Ontario et Colombie-Britannique), de la France et du Royaume-Uni. Montréal: LABRIPROF-CRIFPE, Faculté des Sciences de l‟Education, Université de Montréal, 2002.
LIBÂNEO, J. C. A desfiguração da escola e a imaginação da escola socialmente justa. De) formação na escola: desvios e desafios. In: MENDONÇA, Sueli Guadelupe de Lima et al. (org.). Marília: Oficina Universitária. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2020.
MARTINS, C. O Que é Política Educacional. 2 ed. São Paulo:Brasiliense, 1994.
MELO, F. K. S. M.; SILVA, G. A atuação do gestor escolar na efetivação
das políticas educacionais: o IDEB em questão. In: SOUZA, A. S.; MEDEIROS, A. M. S.; ANDRADRE, M. E. (Orgs). Políticas Educacionais nos Campos da Gestão, Avaliação e Formação. Mossoró, RN: Edições UERN: 2022. 251 p.
OLIVEIRA, D. A. Das políticas de governo à política de Estado: reflexões sobre a atual agenda educacional brasileira. Educ. Soc., Campinas, v. 32, n. 115, p. 323-337, abr./jun. 2011.
PEREIRA, L. C. B. Reflexões sobre a reforma gerencial brasileira de 1995. Revista do Serviço Público, ano 50, n. 4, p. 5-30, 1999.
RAFACHO, S. O efeito do gestor escolar: a relação entre a atuação e a formação do gestor escolar e os resultados educacionais em escolas públicas estaduais da região metropolitana de Belo Horizonte. Tese (Programa de Pós Graduação da Faculdade de Educação da UFMG) Belo Horizonte – MG, 2019. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalh oConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7806711 Acesso em: 20 out. 2021.
SCHNEIDER, M. P.; NARDI, E. L. O potencial do IDEB como estratégia de accountability da qualidade da educação básica. RVPAE, v.29, n.1, p. 27- 44, jan./abr. 2013.
SILVA, E. A. Avaliação em larga escala e qualidade da educação: políticas educacionais em cinco municípios do Oeste do Paraná. 2018. 212 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS), São Leopoldo – Paraná. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalh oConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6384818. Acesso em: 28 set. 2021.
SOUZA, A. S.; CABRAL NETO, A. A nova gestão pública em educação: planejamento estratégico como instrumento de responsabilização. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 21, p. 621-640, jul./dez. 2017.
SOUZA, S. Z. L. de; OLIVEIRA, R. P. de. Políticas de avaliação da educação e quase mercado no brasil. Revista Educ. Soc., Campinas, vol. 24, n. 84, p. 873-895, setembro 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Fernanda Karina Souto Maior de Melo, Givanildo da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Declaro que o trabalho apresentado é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Assim, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora da Revista Exitus, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem ser citada a fonte. Declaro, ainda, estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (Nº 9.610, de 19/02/1998).