VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES EM DUQUE DE CAXIAS: CONTRIBUIÇÕES DE UMA PESQUISA INTERVENÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24065/re.v14i1.2502

Palavras-chave:

Ensino Médio, Duque de Caxias, Mulheres, Violência

Resumo

Neste artigo apresentamos um panorama da violência contra as mulheres em Duque de Caxias, examinando estratégias para o seu enfrentamento a partir da experiência do projeto “Ciência e Tecnologia para os Direitos das Mulheres”, que recebeu apoio da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Edital n. 09/2021 - Programa Meninas e Mulheres nas Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Computação. A investigação foi conduzida com alunas entre 14 e 18 anos, de quatro escolas estaduais que oferecem o Curso de Formação de Professores em nível médio. Adotou uma metodologia qualitativa, do tipo intervenção. Dados foram coletados por meio de observações de campo, dois questionários eletrônicos e quatro grupos focais. Resultados indicam que apesar dos persistentes casos de violência, atividades científico-tecnológicas podem apoiar a educação para a igualdade de gênero nas escolas públicas, favorecendo a implementação das leis existentes e a construção de uma pedagogia comprometida com a vida das mulheres.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cleonice Puggian, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação (Universidade de Cambridge). Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ-FEBF). Docente do Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura e Comunicação (PPGECC). Procientista UERJ. Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). Membro do Fórum Municipal dos Direitos da Mulher de Duque de Caxias (FMDM).

Ivanete Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Especialista em Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Contra Mulher (PUC/RJ). Docente da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Bolsista de Treinamento e Capacitação Técnica, FAPERJ. Professora-pesquisadora do LabPENSo/CNPq, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ-FEBF). Coordenadora do Fórum Municipal dos Direitos da Mulher de Duque de Caxias (FMDM).

Referências

BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A escuta psicanalítica e a educação. Psicólogo Informação, São Paulo , v. 13, n. 13, p. 91-98, out. 2009. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141588092

&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 21 set. 2023.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina 2.ed. Trad. de Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

BRASIL. Lei n. 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. Brasília: Presidência da República, 2013. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12852.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional, 2006. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 7 set. 2023.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília, 2003. Disponível em: https://direito.mppr.mp.br/arquivos/File/politica_nacional_enfrentam

ento_a_violencia.pdf. Acesso em: 10 set. 2023.

DUQUE DE CAXIAS. Lei Municipal n. 2764, de 4 de abril de 2016. Aprova a adequação do Plano Municipal de Políticas para Mulheres ao Plano Nacional para o Decênio 2015/2025 e dá outras providências. Duque de Caxias: Câmara Municipal, 2016. Disponível em: https://www.cmdc.rj.gov.br/?p=15203. Acesso em: 10 set. 2023.

FERREIRA, Karen; SILVA, Gleyton Robson da. Urbanismo Feminista. In: WÜTRICH, Fabiana; PEREIRA, Gislene. Sete princípios para um próximo urbanismo. Curitiba: Setor de Tecnologia da UFPR, 2018. p. 89-106. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Gislene-Pereira-2/publication/330545451_FINAL_7_principios_para_um_proximo_urbanismo/links/5c476abc299bf12be3db1d75/FINAL-7-principios-para-um-proximo-urbanismo.pdf?_tp=eyJjb250ZXh0Ijp7ImZpcnN0UGFnZSI6InB1YmxpY2F0aW9uIiwicGFnZSI6InB1YmxpY2F0aW9uIn19. Acesso em: 10 set. 2023.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/. Acesso em: 10 dez. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/ Acesso em: 20 set. 2023.

INSTITUTO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Dossiê Mulher 2021. Elaboração Elisângela Oliveira, Beatriz Pinna, Camilla Pereira, Carolina Medeiros, Lara Martins, Nathalya Moreira, Priscila Marques e Vanessa Cardozo. 16. ed. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Segurança Pública, 2021. Disponível em: https://arquivo.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/uploads/DossieMulher2021.pdf Acesso em: 10 dez. 2022.

INSTITUTO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Dossiê Mulher 2022. Elaboração Elisângela Oliveira, Camilla Pereira, Carolina Medeiros, Nathalya Moreira, Priscila Marques, Taís Figueiredo e Vanessa Cardozo. 17. ed. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Segurança Pública, 2022. Disponível em: https://arquivo.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/uploads/Dossie

Mulher2022.pdf. Acesso em: 10 set. 2023.

LEAL, Tatiane. O sentimento que nos faz irmãs: construções discursivas da sororidade em mídias sociais. Dossiê Crise, Feminismo e Comunicação. Revista EcoPós, v. 23, n.3, 2020. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27601. Acesso em: 10 set. 2023.

LOURO, Guacira Lopes. Corpo, gênero e sexualidade: o “normal”, o “diferente” e o “excêntrico”. In: LOURO, Guacira Lopes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vilodre (Org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. p. 43-53.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. Brasília: Diário do Congresso Nacional, 1994. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/03/convencao_cedaw1.pdf. Acesso em 10 set. 2023

UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Brasília: UNESCO, 2018. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000264691.locale=en Acesso em: 23 jan. 2023.

PUGGIAN, Cleonice; CHAVES, Catarina Furtado; IRINEU, Cyntia Matos Pereira. Direitos das mulheres na formação de professores: uma pesquisa intervenção com estudantes do ensino médio de quatro escolas públicas de Duque de Caxias. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL AS REDES EDUCATIVAS E AS TECNOLOGIAS, 11., 2022, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UERJ, 2022. p. 1-4. Disponível em: https://www.seminarioredes.com.br/adm/trabalhos/diagramados/TR665.pdf. Acesso em 20 set. 2023.

PUGLIESE, Gustavo Oliveira. STEM EDUCATION - um panorama e sua relação com a educação brasileira. Currículo sem fronteiras, v. 20, n. 1, p. 209-232, jan./abr. 2020. Disponível em: https://www.curriculosemfronteiras.org/vol20iss1articles/pugliese.pdf. Acesso em 10 set. 2023.

RIO DE JANEIRO (Estado). Lei n. 7477, de 31 de outubro de 2016. dispõe sobre o ensino de noções básicas da Lei Maria da Penha, no âmbito das escolas do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/401009991/lei-7477-16-rio-de-janeiro-rj. Acesso em: 05 set. 2023.

SILVA, Paulo Roberto Florêncio Abreu e; CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. A cartografia social no contexto escolar: estudando espaços vividos a partir das representações de paisagens. Para Onde!?, v. 15, n. 1, p. 1-15, 2021. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21

/001124309.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 5 set. 2023.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-moderna. Educação, Sociedade e Cultura, n.3, p. 125-142, 1995. Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC3/3-6-silva.pdf Acesso em: 10 dez. 2023.

TILLO, Rafael de. Marcos legais internacionais e nacionais para o enfrentamento à violência contra as mulheres: Um percurso histórico. Revista Gestão e Políticas Públicas, n. 2, v. 1, p. 68-93, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rgpp/article/view/97851/96651. Acesso em: 10 set. 2023.

WELLER, Wivian. A presença feminina nas (sub) culturas juvenis: a arte de se tornar visível. Revista Estudos Feministas, v. 13, n.1, p. 107-126, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/Jvr5ZXMFgTRHQvRGmwXzJkc/?lang=pt. Acesso em: 15 set. 2023.

Downloads

Publicado

2024-03-27

Como Citar

PUGGIAN, C.; SILVA, I. VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES EM DUQUE DE CAXIAS: CONTRIBUIÇÕES DE UMA PESQUISA INTERVENÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Revista Exitus, [S. l.], v. 14, n. 1, p. e024012, 2024. DOI: 10.24065/re.v14i1.2502. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/2502. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.