PRÁTICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: o papel do intérprete de Libras na mediação escolar
DOI:
https://doi.org/10.24065/rsi.v2i3.2817Palavras-chave:
Educação bilíngue, Inclusão de surdos, Intérprete de Libras, Mediação escolar, Formação de professoresResumo
Este estudo investiga o papel essencial do intérprete de Libras na inclusão de estudantes surdos no ensino regular, destacando sua atuação como mediador cultural e educacional. Além de traduzir conteúdos, o intérprete facilita a comunicação entre alunos surdos, professores e colegas ouvintes, promovendo a valorização da cultura surda e o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas. A pesquisa examina as políticas públicas, como a Lei nº 10.436/2002 e o Decreto nº 5.626/2005, que regulamentam o uso da Libras no sistema educacional brasileiro. Embora essas políticas tenham contribuído para avanços significativos, ainda existem desafios, especialmente relacionados à formação continuada de intérpretes e sua integração no ambiente escolar. Estudos apontam que os intérpretes precisam de capacitação contínua para atuar como mediadores no processo de ensino-aprendizagem, indo além da tradução linguística. O reconhecimento da cultura surda nas escolas é crucial para que a inclusão seja plena e respeite a identidade linguística dos estudantes surdos. O estudo conclui que a revisão dos currículos de formação de professores e intérpretes, com ênfase na educação bilíngue e na valorização da cultura surda, é fundamental para promover uma educação verdadeiramente inclusiva. Além disso, o fortalecimento das políticas públicas e o investimento na formação conjunta de intérpretes e professores são apontados como essenciais para o sucesso dessa inclusão.
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