BILINGUISMO EM LÍNGUAS DE SINAIS

crianças brasileiras surdas aprendem ASL – American Sign Language com o professor Surdo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24065/rsi.v1i1.2546

Palavras-chave:

ASL, Ensino-aprendizagem de línguas, Libras, Surdo

Resumo

Este artigo faz parte de um projeto que foi realizado na creche da APADA - Associação de Pais e Amigos dos Deficientes de Audição, de Niterói - Rio de Janeiro. Projeto criado pela diretora Luciane Rangel Rodrigues junto com o professor que ministrava as aulas de American Sign Language – ASL, em 2006, às crianças surdas de faixa etária entre 5 e 7 anos que já dominavam Língua Brasileira de Sinais – Libras, e ainda estavam no processo de aprendizagem da Língua Portuguesa. Do mesmo modo que as crianças ouvintes estudam o inglês como uma disciplina escolar, as crianças surdas também podem aprender outra língua estrangeira como língua de sinais, podendo ser esta na modalidade visual-espacial. Metodologicamente, foi realizado a elaboração de materiais para comparar e entender as diferenças entre a Libras e a ASL. Também foram utilizados materiais didáticos visuais, como cartazes, colocados na parede, além da prática de conversas em diferentes contextos, levando o aluno a perceber e a entender o que estava sendo falado. Não foram ensinados sinais soltos, mas sim dentro de contextos em que o professor, também surdo, conversava com os alunos. Os conteúdos programáticos foram elaborados junto com professor que domina a ASL. Os resultados demonstraram claramente que, por ser um idioma visual, crianças podem aprender com facilidade a ASL.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciane Rangel Rodrigues , Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Surda. Professora e Doutora da disciplina de Libras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Membro do Grupo de Pesquisa: Instrução em Libras como L1 e L2.

Ana Regina e Souza Campello , Instituto Nacional de Educação de Surdos

Surda. Professora e Doutora das disciplinas: Estudos Surdos e Educação Bilíngue do Departamento de Ensino Superior do Instituto Nacional de Educação de Surdos. Curso de Mestrado Profissional de Educação Bilíngue (DESU/INES) e Pós-graduação de Doutorado em Ciência, Tecnologia e Inclusão (PGCTIn) da Universidade Federal Fluminense – UFF/RJ. Rio de Janeiro. Líder e Coordenadora do Grupo de Pesquisa: Instrução em Libras como L1 e L2.

Referências

BRITO, Lucinda Ferreira. Integração social e educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993.

GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997.

GROESJEAN, Francois. O direito da criança surda de crescer bilíngue. Suiça: 2021.

SACKS, Oliver. Vendo Vozes: uma jornada pelo mundo dos surdos. Rio de janeiro: Imago, 1989.

QUADROS, Ronice Muller de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

VYGOTKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes,1989.

Downloads

Publicado

2023-12-05

Como Citar

Rodrigues , L. R. ., & Campello , A. R. e S. . (2023). BILINGUISMO EM LÍNGUAS DE SINAIS: crianças brasileiras surdas aprendem ASL – American Sign Language com o professor Surdo. Revista Saber Incluir, 1(1). https://doi.org/10.24065/rsi.v1i1.2546