ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA INTERVIR COM CRIANÇAS DISLÉXICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL: Uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.24065/rsi.v1i1.2550Palavras-chave:
Dislexia, Ensino Fundamental, Estratégias Pedagógicas, Revisão NarrativaResumo
A Dislexia é um problema de origem neurológica que dificulta a associação entre os símbolos escritos e o seu significado, um quadro que pode ter um impacto significativo na vida escolar das crianças, especialmente, no ensino fundamental, afetando diretamente o desempenho acadêmico, autoestima e relações sociais. Nesse contexto, o presente artigo objetiva apresentar os resultados de uma revisão narrativa de literatura sobre estratégias pedagógicas para intervir com crianças disléxicas no ensino fundamental. Para tanto, mapeou-se os estudos que apareceram nas bases de dados do DOAJ e Scielo, com o recorte cronológico de cinco anos (2017 – 2022), optando-se por manter todos os estudos considerados relevantes, mas excluindo-se os artigos que apareceram de forma duplicada nas duas bases de dados, que não estivessem em revistas indexadas e que não estivessem escritos em Português. A pesquisa realizada nas duas bases de dados, retornaram 92 artigos, porém, após aplicar-se os critérios de exclusão, o número caiu para 20. Os resultados indicaram uma maior produção de pesquisas sobre o tema nos anos de 2020 e 2021. Quanto as tipologias de pesquisa, três estudos foram de revisões de literatura e apenas dois estudos tiveram pesquisas de campo aplicadas. As demais pesquisas, ainda que não se intitulassem como pesquisas de revisão, se constituíram como estudos teóricos-reflexivos e descritivos, os quais trabalharam com temáticas e técnicas interventivas presentes na literatura e em estudos anteriores, apresentando estratégias pedagógicas para crianças disléxicas no ensino fundamental. Foi possível perceber o destaque na literatura científica de algumas intervenções consideradas eficazes, as quais podem ser utilizadas pelos docentes em sala de aula para auxiliar os alunos disléxicos no processo de aprendizagem, como as tecnologias assistivas, jogos, tecnologias de informação e comunicação, o plano de ensino individualizado, o acompanhamento pedagógico contínuo, além da participação de pais e professores no processo de acompanhamento escolar.
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