EXISTENCIALISMO E MARXISMO NA OBRA DE PAULO FREIRE: “Pedagogia do Oprimido” em análise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24065/2237-9460.2022v12n1ID1836

Palavras-chave:

Existencialismo e Marxismo, Pedagogia do Oprimido, Consciência Humana

Resumo

Este artigo apresenta uma análise da Obra Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e sua relação com as correntes existencialista e marxista. Para tanto, destaca-se o percurso das principais ideias de Freire sustentadas pelo existencialismo cristão, bem como suas contribuições para uma pedagogia libertadora com base na formação política, ética e humana. Freire deixou um legado para todos os educadores no livro que é atual, pois ainda vivemos sob opressão, principalmente em tempos pandêmicos com a falta de políticas sérias para todos os setores, em especial para a saúde e a educação. Deste modo, o artigo foi dividido em duas partes, sendo que a primeira expõe as concepções teóricas sobre o existencialismo e o marxismo e a segunda parte demonstra o caminho do pensamento de Freire frente a estas duas correntes. Desta explanação surge a questão norteadora do presente estudo: Qual a matriz teórica que sustenta a obra da Pedagogia do Oprimido e qual a relevância do marxismo nesta obra? Para responder a esta pergunta, procuramos sustentar nossas análises no estudo bibliográfico, tendo como principais interlocutores Lukács (1979), Schaff (1965), Freire (2005) e Saviani (2013). Ressalta-se que este trabalho é um ensaio teórico que tem como preocupação trazer para o centro da discussão os elementos principais da obra freiriana, com o objetivo de facilitar a compreensão do percurso de seu pensamento, cuja genialidade é reconhecida mundialmente. Sua obra é considerada um clássico para quem se propõe a estudar a formação humana.

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Biografia do Autor

Klivia de Cássia Silva Nunes, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Doutora em Educação pela UFSCar. Professora da Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais – Brasil.

Luiz Bezerra Neto, Universidade Federal de São Carlos

Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, especialista em Economia do Trabalho e Sindicalismo com mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, pós doutorado pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Professor titular da Universidade Federal de São Carlos, atuando na graduação e na pós-graduação. Membro de corpo editorial da Revista Eletrônica de Ciências da Educação ? RECE e da Revista de Educação - REVEDUC. É coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação no Campo ? GEPEC. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação. Atuando principalmente nos seguintes temas: educação rural, escola normal rural, movimento dos trabalhadores rurais sem-terra, ruralismo pedagógico

Valéria Moreira Rezende, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é docente pesquisadora do Curso de Pedagogia do Instituto de Ciências Humanas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia. Trabalha com as disciplinas: Currículo, Organização do Trabalho Pedagógico e Estágio Supervisionado. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Formação e Trabalho Docente: Políticas e Práticas Educacionais - NUFORPE do Instituto de Ciências Humanas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política, Formação Docente e Práticas Educativas - GEPPOPE. Desenvolve pesquisas em Políticas Educacionais com ênfase nos seguintes temas: Planejamento, Ensino Médio, Formação/Trabalho Docente e Currículo

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Publicado

2022-04-21

Como Citar

SILVA NUNES, K. de C.; BEZERRA NETO, L.; MOREIRA REZENDE, V. . EXISTENCIALISMO E MARXISMO NA OBRA DE PAULO FREIRE: “Pedagogia do Oprimido” em análise. Revista Exitus, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e022033, 2022. DOI: 10.24065/2237-9460.2022v12n1ID1836. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/1836. Acesso em: 6 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos