UMA PERSPECTIVA TEÓRICA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA POR ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24065/2237-9460.2023v13n1ID1981

Palavras-chave:

Educação. Educação Matemática. Ensino de Matemática por Atividades Experimentais

Resumo

O presente estudo discute uma perspectiva teórica possível, para o Ensino de Matemática por Atividades Experimentais (EMAE), na Educação Matemática. Assim, apresenta-se alguns apontamentos iniciais, visando a configuração de pressupostos de base, para estudos recentes, desenvolvidos ou em desenvolvimento, envolvendo o ensino por atividades experimentais, pautados na Teoria da Atividade (TA). Propõem-se uma configuração teórica, estabelecida com base na 2ª geração de TA e posteriores aperfeiçoamentos. Assim, defende-se um mecanismo possível de sustentação teórica, envolvendo interações, em atividades experimentais para o ensino de matemática, relacionados aos movimentos que preconizam diálogos e ações em um Sistema de Atividade Expansivas. Nesse sentido, a experimentação no ensino, se torna um vetor de composição e discussão para o campo educacional, a serem desenvolvidas, na busca em entender e compreender o sentido dos conceitos, linguagem e estruturas matemáticas, associadas a diferentes situações e problemas propostos em uma atividade de ensino. Em síntese, apresentamos uma tese inicial, a ser confirmada ou não, em estudos futuros e em curso: a tese de que há uma unidade de experimentação (consciente e/ou inconsciente) presente em praticamente todas as abordagens e tendências em educação matemática, que levem em consideração, atributos e ações pedagógicas intencionais - para o ensino – e possíveis de ocorrerem, independente da configuração ou natureza das atividades propostas, em um dado espaço ou cenário de aprendizagem matemática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Ricardo e Souza Mafra, Universidade Federal do Oeste do Pará

Professor do Programa de Ciências Exatas (PCE/UFOPA) e do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE/UFOPA). Integra a Rede Amazônica em Educação em Ciências (REAMEC) e o Programa de Pós-graduação em Educação, em Rede, na Amazônia (PGEDA).

Pedro Franco de Sá, Universidade do Estado do Pará

Doutorado em Educação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor
titular da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Brasil. Professor permanente do Programa de
Pós-graduação em Educação – PPGED/UEPA e do Programa de Pós-graduação (Mestrado
Profissional) em Ensino de Matemática - PMPEM/UEPA. Também é docente permanente
do Programa de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM) – Associação em
Rede – intitulada Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC). Líder do
Grupo de Estudos em Cognição e Educação Matemática.

Referências

BRANDEMBERG, J. C. História e ensino de Matemática. Revista Exitus, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 16-30, 2017. DOI: 10.24065/2237-9460.2017v7n2ID298. Disponível em: <http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/298>. Acesso em: 12/04/2022.

DEWEY, J. Como pensamos. 4 ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1979.

DEWEY, J. Democracia e Educação. São Paulo: Nacional, 1959.

DUARTE, N. A escola de Vigotski e a educação escolar: algumas hipóteses para uma leitura pedagógica da psicologia histórico-cultural. Psicologia USP, v. 7, n. 1-2, p. 17–50, 1996. Acesso em 23/02/2022. Disponivel em: <https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/34531>.

DUARTE, N. Vigotski e o “Aprender a aprender”: crítica as apropriações neoliberais e pos-modernas da teoria Vigotskiana. 5. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

ENGESTRÖM, Y. Learning by expanding:an activity-theoretical approach to developmental research. Helsinki: Orienta-Konsultit Oy, 1987.

ENGESTRÖM, Y. Activity theory and individual and social transformation. In: ENGESTRÖM, Y.; MIETTINEN, R.; PUNAMÄKI-GITAI, R.L. (Ed.). Perspectives on Activity Theory. New York: Cambridge University Press, 1999.

ENGESTRÖM, Y. Non scolae sed vitae discimus: Como superar a encapsulação da aprendizagem escolar. In: DANIELS, H. (Ed.). Uma introdução a Vygotsky. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

FICHTNER, B. Activity Revisited as an Explanatory Principle and as an Object of Study - Old Limits and New Perspectives. University of Aarhus, Denmark, 1998.

FOSSA, J. A. Algumas considerações teóricas sobre o ensino de matemática por atividades. Revista REMATEC, ano 15, n. 35, 2020. Acesso em 12/01/2022. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2020.n15.p10-26.id283>.

HEGEL, G. W. F. Wissenschaft der Logik, Teil 2. Hamburg, Germany: Meiner, 1971.

LEKTORSKY W. The Activity Approach in Soviet Philosophy and Contemporany Cognitive Studies. In: LEKTORSKY W.; BYKOVA V. Philosophy Thought in Russia in the Second Half of the Twentieth Century. London, UK: Bloomsbury Publishing, 2019.

LEONTIEV, A. N. Probleme der Entwicklung des Psychischen. Berlin: Volk und Wissen. 1971.

LEONTIEV, A. N. The forms of existence of meaning. Journal of Russian and East European Psychology.1998.

LEONTIEV, A. N. O desenvolvimento do psiquismo. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2004.

LEONTYEV, A. N. Activity and Consciousness. Pacifica, CA: Marxists Internet Archive, 2009.

LIBÂNEO, J. C.; FREITAS, R. A. da M. Vygotsky, Leontiev e Davídov: contribuições da teoria histórico-cultural para a didática. Didática e interfaces. Rio de Janeiro: Deescubra, 2007.

LURIA, A. R. A construção da mente. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Icone, 1992.

SANTOS, G. P. O pensamento computacional e as tecnologias digitais como uma base de ação epistemológica na formação inicial de professores. Projeto de pesquisa. Programa de Pós-graduação na Amazônia (PGEDA). Doutorado em Educação em Rede. 2022.

SILVA, F. R. BASE DE ESTUDOS EDUCACIONAIS EM MATEMÁTICA: articulando pressupostos da Análise de Modelos e referenciais de TDIC fundamentados no Ensino por Atividades Experimentais. Projeto de pesquisa. Programa de Pós-graduação na Amazônia (PGEDA). Doutorado em Educação em Rede. 2022.

SHUARE, M. A psicologia soviética: meu olhar. São Paulo: Terracota editora, 2017.

VEER, R. V. DER; VALSINER, J. Vygotsky: uma síntese. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2009.

VYGOTSKY, L. S. The historical meaning of the crisis in psychology: a methodological investigation. In: RIEBER W. Wollock J. (Eds.). The collected works of L.S. Vygotsky: Vol. 3. Problems of the theory and history of psychology. New York: Plenum Press. 1997.

VIGOTSKI, L. S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

WERTSCH, J. V. Vygotsky and the social formation of mind. Cambridge, Mass: Harvard University Press, 1985.

Downloads

Publicado

2023-01-11

Como Citar

MAFRA, J. R. e S.; SÁ, P. F. de. UMA PERSPECTIVA TEÓRICA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA POR ATIVIDADES EXPERIMENTAIS. Revista Exitus, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e023003, 2023. DOI: 10.24065/2237-9460.2023v13n1ID1981. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/1981. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos